“Vejam, o dia do Senhor virá, quando no meio de vocês os seus bens serão divididos. Reunirei todos os povos para lutarem contra Jerusalém; a cidade será conquistada, as casas saqueadas e as mulheres violentadas. Metade da população será levada para o exílio, mas o restante do povo não será tirado da cidade. Depois o Senhor sairá para a guerra contra aquelas nações, como ele faz em dia de batalha”. (Zacarias 14:1-3)
O caso abominável de 33 homens
estuprarem uma adolescente de 16 anos no Rio de Janeiro provocou muita
indignação na nossa sociedade. Muitas frases foram vistas nas redes sociais: “A
culpa é dos homens!”; “Isso é causado por uma sociedade patriarcal e
conservadora!”; “Esses homens não são doentes, eles se sentem no direito de
estuprar mulheres”; “É a cultura do estupro”. Acontece que nada disso cabe na
situação!
A Bíblia fala da violência sexual
contra as mulheres. Várias vezes o estupro é mencionado. Se pesquisarmos a
palavra “estupro” não a encontraremos, porém, a violência sexual é mencionada
em outros textos além de Zacarias 14 (Deuteronômio 22; Juízes 19; 2 Samuel 13).
Embora os preceitos bíblicos não têm a clarividência presente na nossa cultura
moderna, embrionariamente são fundamentos para a aplicação atual. O texto
citado dá a ideia de que a violência contra a mulher é algo vergonhoso. Nele a
violência pode ser vista como um castigo por parte de Deus pelo mal
comportamento do povo. O povo de Israel havia deixado de lado os preceitos de Deus expressos na sua Palavra, por isso Zacarias profetizou o castigo. Pode parecer que as mulheres eram abusadas com o
consenso de Deus, porém, isso não tem procedência em nenhum texto bíblico, porque logo a seguir no verso 3 o Senhor promete combater contra quem pratica esse mal.
Cabe a nós refletirmos se a nossa
sociedade não tem sido tolerante com a violência contra a mulher. Não conheço
um só homem ou mulher que considere qualquer caso de violência sexual como algo
natural, desejável ou benigno. Na cultura islâmica pode ser que as mulheres que
andam sozinhas na rua ou sem cobrir o corpo sejam consideradas “disponíveis” e
“pedindo” por assédio. Mas essa não deve ser a realidade no Ocidente.
Por outro lado, não se pode
socializar a culpa dos que praticam tal ato, pois a Palavra de Deus é clara que
cada pessoa individualmente é responsável pelos pecados que praticam. “...cada
um de nós prestará contas de si mesmo a Deus” (Romanos 14:12). É preciso
entender que os monstros que praticam tal absurdo não foram criados pela
sociedade, mas pela impunidade e falta de rigor das leis.
É importante ainda ressaltar que,
falar em “cultura do estupro” no ocidente é o mesmo que promover a banalização
do estupro. A partir do momento em que se equaliza uma cantada tosca e
grosseira à barbaridade da violência sexual, está se tripudiando da dor das
verdadeiras vítimas e questionando a gravidade do terror ao qual estas foram
submetidas. Não são apenas as mulheres que temem andar sozinhas nas ruas tarde
da noite ou em qualquer horário em locais de pouco movimento. Homens também
temem e muito por sua segurança.
Portanto, é a maldade que se
encontra dentro do coração dos homens que os levam a cometerem loucuras. Além
do mais, Deus os entregou a uma
disposição mental reprovável, para praticarem o que não deviam, exatamente por se afastarem dos ensinamentos bíblicos. “Tornaram-se cheios de toda sorte de
injustiça, maldade, ganância e depravação. Estão cheios de inveja, homicídio,
rivalidades, engano e malícia.” (Romanos 1:28-29)
Não tenho dúvida. A solução para o mal é voltarmos
para Deus. “Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar,
buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei,
perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra”. (2 Crônicas 7:14)
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